domingo, 1 de novembro de 2009


PONTE

Vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro,
ela surgia, foi a ponte mais rápida a se denominar,
época dura difícil sem liberdade,
e ela presenciara momentos...

Momentos de desespero, revolta, alegria,
momentos de dor e ela em seu silencio absoluto,
nunca exprimiu qualquer sentimento, apenas presenciava momentos.
Como será que reagiríamos se fossemos apenas uma ponte?
Exposta ao sol, à noite, à alegria e à tristeza,
e lá estávamos parados,
imóveis sem uma lágrima rolar ou mesmo com um grito vibrar.
Há pessoas que sempre serão pontes.