domingo, 8 de janeiro de 2012


Aconteceu tudo rápido, perguntas, respostas, segredos revelando-se, ou melhor confidencias das mas profundas sendo ditas de forma ingénua e pura.

De repente a voz suave, misturada com dor, o desespero de pensar que era o fim.

De repente ele sentiu o amor novamente, foi tudo muito rápido, aos poucos não existiam mais perguntas, não existiam mais confidências, apenas o silencio e aquela sensação gostosa de sentir o seu cheiro, de sentir a sua pele tão branca e alva, como as coisas mais puras da terra.

Amanheceu tão depressa e logo tudo acabou, passou, talvez tenha sido um sonho. Pela primeira vez ele sentiu um desejo de dormir eternamente para viver dentro daquele sonho.

A cor da Vida


Hoje consegui observar de forma diferente a cor do vinho, o seu

sabor, e seu cheiro, me fez recordar o filme Comer, rezar e amar, o

prazer em apenas observar a beleza da cor, o prazer em apenas

segurar a taça nas mãos, um prazer misturado com reflexões e estas

reflexões fizeram-me conscientizar que nunca tinha havido esse prazer

em observar, sentir, era apenas a vontade de beber com a finalidade

de se embriagar e ficar feliz, porem o ficar feliz significava estar

ausente da vida, da consciência da maturidade ou talvez da própria

vida.


21:52 pm a espera de chegar 00:00h, um sentimento estranho acompanhado com a resistência de chegar a meia noite, hora essa que iniciaria uma nova jornada, jornada talvez não desejada mas necessária para uma nova vida, ou de uma qualidade de vida.

A infância retornou, ou melhor, as feridas da infância retornaram, acompanhadas de maturidade e consciência, e novamente a lembrança da mãe, aquela que se fez ausente em busca de sonhos melhores, porém, talvez não sabia que almejar esses sonhos supostamente melhores e realiza-los talvez não tenha idealizado a dimensão de suas consequências.


Poderia ter falado, poderia ter chorado, poderia ter sorrido, poderia ter brigado, poderia ter sido menos triste, poderia….

Posso falar, posso chorar, posso sorrir, posso brigar, posso ser feliz, posso.

Vou falar, vou chorar, vou sorrir, vou brigar, vou ser feliz, vou.

O verbo é a definição do sentimento, o verbo aquele se fez carne e habitou entre nós, já não era por acaso que se referia a ele como o “verbo”. Verbo verbo o verbo.

Palavras soltas, conforme vem surgindo na memória, mas foi um álibi na tentativa de ocupar a mente na escrita, os sentimentos vãos se misturando com a linguagem, as cores ficam mais vivas, o cheiro mais apurado, mas é inevitável em cada parágrafo esquecer o que marca, não quero falar do que marca, do que fere do que magoa, quero apenas escrever sem a pretensão de prever o final feliz. Preciso aprender que as melhores descobertas e coisas na vida não necessariamente precisam ter um final feliz.