domingo, 8 de janeiro de 2012


21:52 pm a espera de chegar 00:00h, um sentimento estranho acompanhado com a resistência de chegar a meia noite, hora essa que iniciaria uma nova jornada, jornada talvez não desejada mas necessária para uma nova vida, ou de uma qualidade de vida.

A infância retornou, ou melhor, as feridas da infância retornaram, acompanhadas de maturidade e consciência, e novamente a lembrança da mãe, aquela que se fez ausente em busca de sonhos melhores, porém, talvez não sabia que almejar esses sonhos supostamente melhores e realiza-los talvez não tenha idealizado a dimensão de suas consequências.


Poderia ter falado, poderia ter chorado, poderia ter sorrido, poderia ter brigado, poderia ter sido menos triste, poderia….

Posso falar, posso chorar, posso sorrir, posso brigar, posso ser feliz, posso.

Vou falar, vou chorar, vou sorrir, vou brigar, vou ser feliz, vou.

O verbo é a definição do sentimento, o verbo aquele se fez carne e habitou entre nós, já não era por acaso que se referia a ele como o “verbo”. Verbo verbo o verbo.

Palavras soltas, conforme vem surgindo na memória, mas foi um álibi na tentativa de ocupar a mente na escrita, os sentimentos vãos se misturando com a linguagem, as cores ficam mais vivas, o cheiro mais apurado, mas é inevitável em cada parágrafo esquecer o que marca, não quero falar do que marca, do que fere do que magoa, quero apenas escrever sem a pretensão de prever o final feliz. Preciso aprender que as melhores descobertas e coisas na vida não necessariamente precisam ter um final feliz.

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