domingo, 14 de agosto de 2011

Pai

Ele cresceu com a ausencia de sua presença. Ainda não se sabe se esta presença realmente lhe fez falta, sabe-se apenas que em vários momentos de sua vida ele sentiu o desejo de sentir aquela presença, para assim saber medir o tamanho de sua falta.

E mentira, é tudo mentira, ele sempre sentiu sua falta. Acho que no fundo ele tenta ser forte ou talvez seja egoísta em transparecer que sempre foi independente, e que nunca se sentiu perdido. Mas passou, agora não volta mais. Hoje ele tem a oportunidade de não mais, nunca mais fazer brotar em outros corações as mesmas angustias sentidas na sua infância. Hoje ele é ausente, porém jamais omisso.

Quão bom seria se pudéssemos voltar atrás e repensar as decisões que contribuíram para um caminho vago, sem sentido, e pudéssemos ter a certeza de que as escolhas que fazemos no passado podem nos levar a um caminho vago, mas ao mesmo tempo termos a mesma certeza que as outras escolhas também nos levariam a caminhos vagos, e ai sim, pudéssemos nos regozijar por termos feito a escolha certa.

1 comentário:

  1. você,
    sempre profundo naquilo que escreve,
    eis a questão..."não podemos voltar atrás de certas decisões que contribuíram pra um caminho vago", mas podemos no presente tomar decisões que contribuem pra um caminho melhor !

    tenho muito orgulho de ser sua irmã!
    amo muito você!

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